IBATÉ - Acusações de Trevisan são aceitas por procurador

Escrito por Hever Costa Lima / Primeira Página

                                                    Foto: Hever Costa Lima

O procurador regional eleitoral, André de Carvalho Ramos, deu parecer favorável à representação feita pelo ex-candidato a prefeito de Ibaté, Orlando Trevisan Junior (PTB), conhecido como Júnior Trevisan, que pede a cassação do diploma de prefeito de Alessandro Magno de Melo Rosa (PSDB) conhecido como Dr. Alessandro, que se elegeu na eleição em outubro do ano passado.

O processo entra em julgamento de segunda instância com o colegiado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidindo sobre a procedência do pedido de Trevisan que indica abuso de poder e uso indevido do dinheiro público em favorecimento ao candidato do PSDB durante o processo eleitoral.

Essa mesma representação foi julgada improcedente em primeira instância pelo juiz eleitoral de Ibaté, Milton Coutinho Gordo, mas teve parecer favorável do promotor de justiça eleitoral Marcos Roberto Funari, responsáveis pela Zona Eleitoral 410ª que abrange Ibaté.

Trevisan afirmou que o processo eleitoral da cidade não teve igualdade de oportunidades aos candidatos ao cargo de prefeito. “A antiga administração promoveu shows culturais e usou esse espaço para fazer comícios eleitorais em prol do candidato do então prefeito, além de usar o servidor público comissionado durante o horário de trabalho para fazer campanha política nas ruas. Temos tudo documentado e provamos as irregularidades que estamos afirmando”, disse.

O atual prefeito Alessandro avaliou como equivocada a postura de Trevisan. “O juiz eleitoral já se posicionou contrário às alegações levantadas pelo meu adversário e acredito que o TRE também irá julgar improcedente. Quanto ao parecer do procurador regional eleitoral, ele só seguiu as coordenadas do promotor eleitoral de Ibaté. Já prevíamos que a Procuradoria teria esse posicionamento”, disse.

Contudo, Trevisan afirmou que espera justiça no processo eleitoral. “Nós acreditamos que o TRE irá cassar o diploma de prefeito do Alessandro. Mais detalhes só posso revelar posteriormente depois que a equipe jurídica tomar pé do andamento do processo”, relatou.

Alessandro afirmou que Trevisan está tentando iludir o seu eleitor. “Ele está afirmando que caso haja uma cassação, que eu acredito que seja improvável, ele assumiria a Prefeitura. Ele está enganado, eu tive mais de 50% dos votos válidos, diante dos meus dois adversários. A anulação da disputa do ano passado levaria automaticamente a uma nova eleição, com candidatos escolhidos através de convenção partidária. Talvez ele nem seja escolhido pelo próprio partido”, ironizou.

O parecer foi enviado quinta-feira, 21, ao TRE para julgamento. Até o momento não há definido o juiz eleitoral responsável pelo relatório e quando o processo será julgado. Caso o Tribunal Eleitoral Regional julgue improcedente a acusação levantada por Trevisan, ele tem ainda a possibilidade de levar o caso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em terceira instância.