IBATÉ - Aumento salarial: vereadores mantêm veto do prefeito
A votação ocorreu nesta segunda-feira (10), durante a tumultuada sessão ordinária, no plenário da Câmara ibateense. Dezenas de servidores públicos da Prefeitura Municipal se manifestaram e pressionaram os vereadores a manterem o veto do prefeito.
Para Alessandro se esse reajuste fosse concedido ao conjunto do funcionalismo municipal, a Prefeitura de Ibaté estaria financeiramente “quebrada”. “As nossas finanças não suportariam de forma alguma um aumento salarial nestes níveis. Já temos 48% do orçamento comprometido com Folha de Pagamento e este reajuste inviabilizaria o município, bem como toda a prestação de serviços públicos e a realização de obras”, disse.
O fato gerou muita polêmica na cidade. Uma panfletagem, de autoria desconhecida, foi realizada no final de semana e na manhã de segunda, nas portas das escolas municipais. Durante a reunião, o presidente João Siqueira Filho solicitou que fosse lida a explicação de motivos por parte do Poder Executivo. Após a leitura, o assunto foi colocado em discussão onde o vereador Mario Frigieri, o Marinho, relatou que desconhecia o projeto. “Temos que manter a transparência. Confesso que desconhecia este projeto. Não sou contra o reajuste, até porque acho justa a iniciativa, porém, temos que estudar e fazer isso de forma ordenada”, relatou.
A reunião contou também com momentos de enfrentamentos entre os vereadores. Após Marinho relatar que não sabia do projeto e que esta aprendendo o trabalho de vereador na Câmara, Waldir Siqueira, em aparte, disse que o local não é escola de formação e que o vereador tinha que saber do funcionamento da Casa de Leis.
Embora todo esse embate, em votação secreta, foi mantido o veto do prefeito Dr. Alessandro. A reunião dos vereadores foi transmitida ao vivo pelo portal oficial da Câmara de Ibaté e pela Rádio Comunitária Encanto do Planalto FM.
Enquete
A redação do Região em Destake realizou uma enquete de participação popular com a seguinte questão: “Você concorda com o aumento salarial entre 23% e 73%, aprovado pelo Legislativo de Ibaté, à um grupo de servidores da Câmara?”.
Os resultados mostraram que 69,5% dos participantes, não concordavam com o aumento, contra 30,5% que acharam normal o reajuste salarial. O projeto foi arquivado.
