RIBEIRÃO BONITO - Para vereadora, vandalismo pode ser “coisa mandada”

Veículos e unidades de Educação, Saúde e Assistência Social do município sofreram com a ação de vândalos nestes primeiros quatro meses de 2013. Na sessão de Câmara da última segunda-feira (15), os ataques a bens públicos em Ribeirão Bonito foram destaques durante o Tema Livre. De acordo com a vereadora Renata Mesquita Magalhães (PSD), as ocorrências de depredação parecem “coisa mandada”. Outros parlamentares trataram do assunto na tribuna da Casa.

O primeiro caso foi registrado ainda em janeiro, quando o Centro de Referência da Assistência Social “CRAS Maria Rosa Aiello Francelin – Lita” [foto] foi invadido e depredado. Já em março, vândalos atacaram a Escola Municipal “Prof. Manoel Liberato Mattos Negraes”, no Jardim Centenário, e arrombaram as salas da direção e secretaria, mas nada foi levado. Em abril, os ataques evoluíram. No dia 4, eletrodomésticos foram levados do Salão da Terceira Idade.

No dia 8, a primeira-dama Heloísa Guedes Torrezan Forte foi surpreendida ao chegar para trabalhar. Uma pedra havia quebrado vidros de sua sala no Departamento de Promoção Social durante o fim de semana. Mais quatro dias se passaram e criminosos arrombaram a farmácia da unidade do Programa de Saúde da Família “PSF Luiz Carlos Monteiro Novo” no Jardim Centenário. Um monitor de LCD foi levado pelos ladrões, que também tentaram furtar um aparelho CPU.

Diante de tantas ocorrências, a vereadora Renata Magalhães [foto] criticou a política de Segurança Pública do Governo do Estado de São Paulo e o próprio governador, ressaltando a redução do efetivo em municípios de pequeno porte e transferindo a grandes centros. A parlamentar voltou a pedir que o Executivo implante a Guarda Municipal, mas levantou dúvidas quanto à origem dos crimes. “Isso me parece coisa mandada”, destacou. “Onde vamos parar”, questionou.

Para o vereador Luiz Marcelino dos Santos Pallone (PSB), que também ocupou a tribuna, a questão da Segurança Pública é preocupante. O parlamentar também mencionou os ataques de vândalos aos prédios públicos e citou o aumento nas taxas de criminalidade em geral, criticando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Sobre veículos danificados, Pallone sugeriu que a prefeitura não conserte o que foi quebrado. “Quebrou o banco, fica em pé”, disse. “Deixa sem arrumar”, concluiu.

Regivaldo Rodrigues da Silva (PSDB) também levantou o tema. Comentou sobre propriedades da própria administração que não possuem qualquer proteção e sugeriu a instalação de câmeras de segurança em veículos escolares. Já Manoelito da Silva Gomes (DEM) citou reunião na Companhia da Polícia Militar e cobrou maior atuação da PM na cidade. Dois dias após as declarações, o CRAS voltou a ser alvo de vândalos, que quebraram mais vidros do prédio.