SÃO CARLOS - Em entrevista, prefeito garante que Hospital Escola não vai fechar

28/06/2013 12:09


Diante de especulações de que o Hospital Escola corre o risco de fechar por falta de acordo entre a Prefeitura e o grupo SAHUDES, administrador do HE, o prefeito Paulo Altomani atendeu a Imprensa numa entrevista coletiva, motivada por um protesto de funcionários, estudantes e população na noite desta quinta-feira (27), no Paço Municipal e desmentiu de forma veemente o fato.

Segundo ele a gestão da saúde é de responsabilidade do município, e disso ele não abre mão. “No dia 27 de fevereiro estiveram na prefeitura o senhores Celso Pedrino e Sebastião Elias Cury, do grupo SAHUDES. Nós pedimos que eles nos entregassem a gestão do Hospital Escola. Em principio eles concordaram, nós temos testemunhas aqui desta reunião, mas depois de uma semana voltaram atrás. A partir daí ficou o impasse, pois consideramos os valores repassados muito altos para quem oferece 14 leitos adultos e outros sete infantis. Dessa forma, mantemos a nossa posição de conferir a prestação de contas e ter a certeza da destinação do dinheiro, que é público e que deve ser administrado com seriedade”.

Altomani lembrou que o objetivo é transformar o HE um grande Hospital Universitário Regional. “Do lado direito, onde funciona o primeiro módulo, vamos inserir o AME Regional, que vai oferecer oncologia, pediatria, psiquiatria e demais especialidades que o AME puder colocar em são Carlos”.

O prefeito destacou ainda que o povo está sofrendo por questão de insalubridade do próprio hospital, que não tem condições de prestar o atendimento correto, como recomenda a Vigilância Sanitária, Estadual e Municipal, que por sinal,  já detectaram as dificuldades e informaram os órgãos competentes através de relatório. “Existe uma contaminação com poeira e vapor de água que a Vigilância já informou, impondo uma série de condições para que o hospital continue funcionando.Então é necessário cautela e bom senso para tratar a questão”,  justifica o prefeito, que já teve acesso ao documento.

Com relação a falta de medicamentos informada pelo SAHUDES, Altomani já determinou ao secretário interino de Saúde, Julio Soldado, a compra do material que for solicitado. Na coletiva, entretanto, Soldado informou que tentou várias vezes contato com o HE para tomar conhecimento da relação de medicamentos. “O prefeito já determinou, o dinheiro está reservado, mas não conseguimos saber quais medicamentos devem ser comprados. Se não nos informarem, não conseguiremos efetuar a compra”, disse Julio.

PauloAltomani encerrou a coletiva afirmando que em momento algum a administração vai prejudicar quem presta serviços para o Hospital Escola. Segundo ele toda a mão de obra pode ser absorvida pelo Estado até que o AME esteja instalado e o HE definitivamente estruturado. Ele também manifestou total disposição de conversar com representantes dos funcionários para que nenhuma dúvida persista em relação ao compromisso da prefeitura com a população. Nesta quinta-feira, os funcionários se negaram a formar uma comissão para conversar com o prefeito.